sábado, agosto 20, 2005

07.07.2005 Glória dos céus contada pelo bule de chá celeste....

Já há meses que não efectuava uma observação. E foi especial observar de novo e reencontrar a glória dos céus contada pelo "bule de chá" celeste. Sim, aquele belo Sagitário do qual o seu "bule de chá" parece emanar um fumo espesso de vapor de estrelas e ascender até ao zénite até encontrar um outro ramo de estrelas partindo de Cisne. A partir de Cisne outro ramo difuso de estrelas parece querer prolongar a descolagem do Cisne na direcção do infinito. Como se o Cisne se prolongasse a sua forma e transformasse naquele belo ramo difuso de estrelas. A espinha dorsal da noite reconforta-nos e dá a sensação de pertencermos a algo de mais grandioso que a massa cinzenta alguma vez possa ter imaginado. Uma nova a marcar algo de novo para o bule, uma supernova fugidia no rodopio galáctico, um cometa famoso pelo encontro com um engenho humano que escapou à observação, um enxame globular à espreita próximo da nova, os planetas esquivos àquela hora foram os registos de mais uma observação numa noite de nostalgia. E no meio a serra, as árvores, os pássaros, a marca humana dava um quadro fabuloso para Van Gogh pintar para a eternidade. Obrigado.



Observado: Nova Sagittarii 2005#2 com magnitude estimada em 8,8 (com carta de Otero)
enxame globular NGC 6624 (próximo de delta Sagittarii e da nova)

Não observado (planeado para observar): cometa 9P Tempel; supernova 2005cs em NGC 5194; Júpiter; Marte; Urano e Neptuno (estes dois últimos sem certezas)

Instrumentos usados: binóculo 8x56
dob 8" f/6
oculares Plossl 9 mm e 25 mm
carta Otero
livro "Observar o céu profundo" de Guilherme de Almeida e Pedro Ré

JMA

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